A pessoa é frustrada profissionalmente e tem duas características típicas: Uma é negar os fatos e a outra é justificá-los, sempre culpando o meio e os outros por seus insucessos e insatisfações.
Quando questionada o porquê de não serem realizadas profissionalmente, geralmente dizem não saber. "Eu sou uma pessoa responsável, organizada, comprometida. Isso é uma grande injustiça. Essa crise está acabando com as minhas oportunidades".
Pessoas infelizes precisam de histórias que justifiquem seus resultados. "Meu Gestor é uma péssima pessoa, meu chefe não sabe gerir pessoas, minha empresa é uma vergonha, meus colegas de trabalho são desonestos, minha equipe não sabe trabalhar, eu não passei processo porque foi injusto e concorrência era grande". Essas, geralmente, são as historinhas e justificativas próprias de quem mantém um hábito nocivo.
Quando sabemos o nosso grande porquê, o como fica pequeno. E se você quer ter sucesso na vida é preciso identificar quais são as historinhas que tem contato para você e para os outros, quais os comportamentos e os resultados têm gerado. É preciso compreender, assumir e aceitar o estado atual e começar, verdadeiramente, a construir uma trajetória. Passo a passo. Eliminando tudo aquilo que não é benéfico.
Todos os dias, em todos os grupos - familiares e sociais - encontraremos pessoas contando histórias que justifiquem seus fracassos e insucessos. Cada vez que eu conto uma história, eu estou mantendo um padrão, o mesmo patamar, as mesmas crenças, as mesmas limitações. E sabe o que isso gera? pessoas mal resolvidas, infelizes e malsucedidas, afinal, a maneira como eu faço uma coisa é como eu faço todas as outras.
Ao longo da minha trajetória experimentei muitos fracassos, cometi muitos erros, falhei em inúmeras situações. E como sou grata aos meus fracassos! Pois como bem mencionou recentemente a Secretária Executiva e amiga Simone Cunha, precisamos também falar de fracassos.
A questão principal não é lidar com o fracasso, mas como nos sentimos enquanto vivenciamos ele. Aprender a lidar com o fracasso e administrar todas as emoções que ele nos causa é mandatório, não só para reconhecermos e valorizarmos o sucesso, mas principalmente para que sejamos capazes de sentir quais são os nossos próprios limites. E é quando reconhecemos esse processo que atingimos o tão afamado autoconhecimento.
Pessoas que seguem contando histórias para seus fracassos, infelizmente, não serão capazes de avançar, como indivíduos e como profissionais.
Há algum tempo pratico um exercício muito simples: sempre que me deparo contando uma historinha, eu paro tudo, pego meu caderninho e começo a anotar cada uma dessas histórias e onde elas irão me conduzir. Acredite, esse é o primeiro passo para nos libertarmos das mentiras que contamos.
E você, que histórias tem contado para não começar a viver a vida que você merece?
Um abraço,
Simara Rodrigues
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