Glória Kalil foi muito feliz em sua afirmação: “Algumas
boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas”.
De
fato, dinheiro compra muita coisa: bons restaurantes, boas joias, boas roupinhas da moda, boas viagens, bons carros, há quem acredite que até bons amigos, mas elegância, elegância de verdade, não tem preço!
O
texto abaixo, de Martha Medeiros, não poderia aparecer em momento mais
oportuno:
Existe uma coisa difícil de ser
ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do
comportamento. É um dom que vai muito
além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples
obrigado.
É a elegância que nos acompanha
da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações
mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma
elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas
que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando
falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas
que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que
evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra
interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas
festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte
antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre
elegante.
É elegante você fazer algo por
alguém e este alguém jamais saber disso...
É elegante não mudar seu estilo
apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de
dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de
uma rejeição.
Sobrenome, joias e nariz empinado
não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a
ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza...
Atitudes gentis, falam mais que
mil imagens.
Abrir a porta para alguém... é
muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar...
é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e
faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é
essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta
delicadeza pela observação, Mas tentar imita-la é improdutiva.
A saída é desenvolver a arte de
conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso
lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Educação enferruja por falta de
uso. E, detalhe: não é frescura.
Martha Medeiros
Olá Simara!
ResponderExcluirAcabo de descobrir e amar o seu blog! Sou estudante do 1º semestre de Secretariado, e, a partir de agora, serei sua leitora assídua quando assim meu tempo permitir.
Espero aprender muito com você e com as informações que você aqui deposita.
Bom domingo!
Ingridy.