É sabido que a comunicação é fundamental para o bom convívio, principalmente no momento que habilidades pessoais são destaque no ambiente corporativo. Conviver bem tornou-se uma vantagem competitiva.
Entretanto, é importante termos consciência dos prejuízos que podem ser causados quando a comunicação é excessiva.
Trabalhar em um pool de Secretários, por exemplo, só funcionará se todos os envolvidos tiverem essa consciência. Caberá, sempre, o bom senso. Saber a hora de "jogar conversa fora", saber respeitar o espaço de cada um e a partir dessa análise, pequenas ações, poderão fazer a diferença.
lembre-se: Boas cercas, fazem bons vizinhos :)
Abaixo, matéria publicada no site da revista Você S.A.
A interrupção é uma praga para a
produtividade do profissional. Segundo estudos de ciência cognitiva, o ser
humano demora em média 15 minutos para restabelecer a concentração após uma
interrupção. Hoje, em um ambiente de trabalho em que as pessoas são
interrompidas permanentemente por telefonemas, e-mails, comunicadores
instantâneos e redes sociais, sem contar as reuniões, manter o foco no que é
importante é quase impossível. O resultado da baixa produtividade — estima-se
que o excesso de interrupção diminua em 40% nosso poder de realizar — é que
estamos entregando um serviço de pior qualidade. E, obviamente, voltando para
casa insatisfeitos ao fim de mais um dia de trabalho.
Um novo livro, lançado este ano
no Brasil, mostra que a tecnologia da informação é, sim, um grande vilão da
produtividade, mas não é o pior deles. Para a advogada e escritora americana
Susan Cain, autora de O Poder dos Quietos (Ed. Agir, 352 páginas, 22,90 reais),
a arquitetura corporativa prejudica mais a concentração do que as mensagens
eletrônicas e a telefonia. Isso porque normalmente trabalhamos em espaços
abertos que, intencionalmente, facilitam a convivência, a abordagem e a
comunicação. Sim, essas características sempre foram tratadas como um avanço na
representação do espaço de trabalho por trazerem um ar de democracia e
liberdade. Mas há problemas também, que são pouco discutidos. "Trabalhamos
em escritórios com pouco descanso do barulho ou do olhar dos colegas", diz
Susan.
A ideia de derrubar as paredes
nas organizações é nobre, pelo menos na teoria. Consta que esse modelo de
arquitetura foi desenvolvido no Japão, país onde o respeito à hierarquia é
maior, e os escritórios de espaços amplos foram uma forma de estimular a
interação. A mensagem colou no mundo inteiro, turbinada na crença de diminuir a
distância entre o corpo executivo e a base, facilitando o fluxo de informações.
Virou padrão mundial. "Sem as paredes, os ambientes de trabalho se
tornaram mais ruidosos e caóticos, e as trocas de ideias, mesmo sendo efetivas,
passaram a não ter hora para acontecer", diz Emerson Ciociorowski, coach e
consultor de empresas. "Em culturas em que as pessoas já têm dificuldade
de concentração, como a brasileira, isso é um problema."
O convívio social é importante,
mas ficar de papo com o pessoal do escritório pode atrapalhar o departamento
todo, e não só seu interlocutor. "Se for conversar sobre questões alheias
ao trabalho, vá até o café", diz Susan Cain no livro O Poder dos Quietos.
Outra dica: converse com as pessoas em pé, assim você tende a terminar o papo
mais rapidamente.
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